sexta-feira, 29 de abril de 2011

Instituto Nacional de Meteorologia – INMET

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Instituto Nacional de Meteorologia – INMET
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Previsão Climática MJJ-2011 elaborada em Fórum de Consenso entre o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC)

A previsão climática de consenso da Chuva para o trimestre, maio, junho e julho de 2011 indica maior probabilidade de chuva na categoria acima da normal Climatológica no leste e norte da Região Nordeste (norte do Maranhão, centro e norte do Ceará, no Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, leste de Pernambuco e da Bahia (faixa continental de 100 a 150km distante da costa). Para as demais áreas da Região, a previsão é de chuva em torno da média histórica. Porém não se descarta grande variabilidade temporal e espacial da chuva, assim como a possibilidade de episódios de chuvas intensas decorrentes da atuação de distúrbios ondulatórios de leste).
Com as seguintes categorias de probabilidade:

45% Acima, 35% Normal, 20% Abaixo.
Temperatura: em torno a ligeiramente acima da normal na maior parte da Região.

SUMÁRIO
O considerável aumento das chuvas na Região Sudeste do Brasil, onde os totais pluviométricos ocorreram abaixo do esperado nos dois primeiros meses de 2011, esteve associado à formação de episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e à forte modulação da Oscilação Madden-Julian (OMJ), cujo sinal foi favorável às chuvas principalmente durante a primeira quinzena de março. Por outro lado, a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), ao norte de sua posição climatológica, mostrou-se consistente com a ocorrência de chuvas abaixo da média histórica no norte do Nordeste.
Embora com sinais de declínio nas regiões central e leste do Pacífico Equatorial, o fenômeno La Niña ainda poderá influenciar a distribuição de chuvas sobre o norte das Regiões Norte e Nordeste do Brasil. Do mesmo modo, a oscilação intrassazonal (OMJ) deve continuar modulando as chuvas nas Regiões Sudeste e Nordeste do Brasil, o que garante a continuidade da distribuição irregular das chuvas, pelo menos até o início do trimestre MJJ/2011, quando ainda se espera a entrada de mais um pulso favorável à ocorrência de chuvas, especialmente no leste do Nordeste.

1 - SISTEMAS METEOROLÓGICOS E OCORRÊNCIAS SIGNIFICATIVAS NO BRASIL EM MARÇO DE 2011
A ocorrência de dois episódios de ZCAS favoreceu o aumento das chuva no setor central do Brasil, principalmente durante a primeira quinzena de março. No oeste e sudoeste de Minas Gerais, os totais acumulados de precipitação excederam 400 mm, sendo que a média histórica costuma ser inferior a 150 mm. Destacaram-se as cidades de Patos de Minas-MG, onde o acumulado no mês atingiu 460,9 mm, ou seja, mais que 300 mm acima do valor esperado em março, e Capinópolis-MG, cujo total mensal ultrapassou 430 mm, sendo a climatologia mensal igual a 146 mm. O deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ao norte de sua posição climatológica, em conjunto com a presença de cavados e vórtices ciclônicos em altos níveis, contribuiu para o déficit de chuva sobre os setores central e norte da Região Nordeste, sendo que também foi observada a atuação de uma fase da OMJ desfavorável à ocorrência de chuva. Choveu acima do esperado em boa parte da Região Sul, com destaque para a cidade de Rio Grande, no leste do Rio Grande do Sul, onde os totais acumulados também excederam 400 mm e a climatologia mensal é igual a 112,6 mm. Neste mês, o aumento da chuva contribuiu para que as temperaturas máximas ficassem abaixo da média no centro-sul do Brasil.
Região Nordeste Climatologia
A costa leste do Nordeste apresenta neste trimestre o período mais chuvoso do ano, provocado pelas Ondas de Leste, quando associadas às frentes frias oriundas do sul, são responsáveis por pancadas de chuva, às vezes intensas no período de 24 horas, principalmente no litoral entre Natal e Salvador. É importante ressaltar a irregularidade na distribuição espacial e temporal, pancadas de chuva intensa num curto espaço de tempo. Em maio, ainda observam-se chuva no norte do Maranhão e grande parte do semi-árido da região, com significativa redução nos meses seguintes.
Em maio os valores máximos de precipitação, oscilam entre 240 a 400 mm no norte do Maranhão e leste dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, de Alagoas, no Recôncavo baiano e no litoral de Sergipe; Valores inferiores a 10 mm ocorrem no sudeste do Maranhão, sul do Piauí, sudoeste de Pernambuco, oeste e noroeste da Bahia.
Em junho, os valores máximos entre 220 a 390 mm, ocorrem no leste do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco e litoral de Alagoas e litoral norte da Bahia. Valores inferiores a 10 mm ocorrem no Piauí, sudoeste do Ceará, oeste de Pernambuco e centro e oeste da Bahia.
Em julho, os valores máximos oscilam entre 200 a 400mm no litoral da Paraíba, de Pernambuco e de Alagoas, litoral de Sergipe e litoral norte da Bahia. Valores inferiores a 10 mm ocorrem no Piauí, centro e sul do Maranhão, sul e oeste do Ceará, sudoeste do Rio Grande do Norte, oeste de Pernambuco, centro e oeste da Bahia.

Temperatura:

O trimestre é caracterizado pela diminuição das temperaturas, principalmente das mínimas em toda a Região, com declínio mais acentuado nos meses de junho e julho. Em maio, os valores máximos acima de 33ºC, ocorrem no centro do Piauí, centro e sudoeste do Ceará, oeste do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Em junho, os máximos acima de 33ºC ocorrem no centro e norte do Piauí e oeste dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Em julho, os valores máximos acima de 33ºC ocorrem no sudoeste do Maranhão, centro e norte do Piauí, sul e oeste do Ceará, oeste dos estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Durante o período, os valores mínimos ocorrem entre 15ºC e 18ºC, nas regiões serranas dos Estados do Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Bahia, podendo ficar em torno de 10ºC em localidades isoladas nas regiões serranas da Bahia. .

INMET/ 3º DISTRITO DE METEOROLOGIA RECIFE/PE

Recife, 26 de abril de 2011

Defesa Civil Estadual

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